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FENASCON repudia tragédia no Rio e cobra políticas de segurança baseadas em inteligência e inclusão

03/11/2025



A Federação Nacional dos Trabalhadores em Prestação de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo, Prestação de Serviços de Colocação e Administração de Mão de Obra e Temporários, Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes (FENASCON) manifesta sua profunda indignação diante da tragédia ocorrida em 28 de outubro de 2025, nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, episódio que expõe, mais uma vez, a urgência de se repensar o modelo de segurança pública no país.

O enfrentamento ao crime é dever do Estado, mas não pode se limitar à lógica da força. É preciso inteligência, coordenação e presença social do poder público. Por isso, a FENASCON considera urgente a aprovação da PEC 18/2025, que cria o Sistema Único de Segurança Pública e garante integração entre União, estados e municípios. Causa preocupação o fato de o governador Cláudio Castro (PL) ter se posicionado contra a proposta, que justamente busca planejamento e eficiência no enfrentamento da violência.

A Federação defende que as facções criminosas sejam tratadas com o rigor reservado a grupos terroristas, dada sua capacidade de impor medo, ocupar territórios e desestruturar comunidades. O combate à violência deve se concentrar em asfixiar os recursos financeiros dessas organizações, com ações de investigação, controle e rastreamento de fluxos ilícitos, sempre dentro da legalidade e do respeito aos direitos humanos.

A FENASCON reitera que a segurança pública começa pela escola, pelo trabalho e pela dignidade. Investir em educação, cultura e oportunidades é a forma mais eficaz de afastar jovens do ciclo da violência e restaurar o tecido social. Nesse mesmo espírito de prevenção, o movimento sindical tem promovido campanhas de conscientização social, como a que alerta para os riscos das apostas esportivas online (BETS) e o endividamento que afeta milhares de famílias trabalhadoras.

O país precisa de políticas baseadas em planejamento, inteligência e inclusão, não em tragédias que se repetem. A FENASCON reafirma seu compromisso com a vida, a justiça social e a democracia, porque sem respeito à vida, não há segurança, nem futuro.

Paulo Rossi
Presidente da FENASCON