Cansados de serem esquecidos pelas autoridades, os Trabalhadores da Limpeza Urbana de São Paulo resolveram realizar protestos, seguidos de paralisação, nessa última terça-feira (08). Embora não tenha parado um único dia desde o início da pandemia, a categoria – que não foi inserida no calendário de imunização do Governo – faz um apelo pela vacina.

Segundo o SIEMACO SP, apenas na capital, já foram mais de 60 mortes e quase 2 mil casos confirmados na categoria. “Os afastamentos em decorrência da Covid-19 também criam problemas e prejudicam os que continuam na ativa, pois acabam acumulando funções sem receberem a mais por conta disso. Isso sem falar que as demandas da coleta domiciliar aumentaram expressivamente”, afirmou André Filho, presidente da entidade.

André lembrou ainda que a cidade de São Paulo conta com 17.500 profissionais que são responsáveis pela coleta de 18 mil toneladas de lixo por dia. “Os manifestos serviram para mostrar que somos importantes e essenciais para a cidade e que o nosso trabalho interfere diretamente na Saúde Pública. Espero que a partir deste protesto, as autoridades repensem o calendário de imunização, inserindo a categoria, pois não descartamos uma greve pela frente”, anunciou André.